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terça-feira, 1 de novembro de 2016

Mudanças no Blog

Olá leitores!

Há muito tempo escrevo as postagens deste blog como Contabilista. Quando comecei a escrever aqui foi no intuito de dividir um pouco do que sei, multiplicar conhecimento entre os colegas de profissão e até mesmo para os interessados em geral. 

Nos últimos anos venho me dedicando às atividades do curso de Direito, as quais têm me tomado muito tempo e sendo motivo para a redução tão expressiva de postagens por aqui. 

Como as minhas publicações, mesmo que direcionadas ao público contábil, estão voltadas ao Direito na sua forma aplicada à Contabilidade, resolvi juntar as coisas... Agregá-las em um só lugar para que ficasse mais fácil a manipulação das postagens. Até cheguei a começar um novo blog de Direito, mas resolvi apenas adaptar o de Contabilidade.

No mais, espero que esta fusão seja proveitosa para todos e que o conteúdo passe a ser mais expansivo e abrace uma maior quantidade de pessoas. Espero que gostem das mudanças e das novidades.

um forte abraço!
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quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Texto no Jornal O Dia Junho de 2016

Olá Leitores!

Mais um texto publicado no Jornal O Dia. Espero que gostem!



Quem Forma o Estuprador?
Deny Sávia Martins da Silva
Contabilista, Esp. Em Auditoria, Acadêmica em Direito

            Diante dos graves constantes ataques sofridos pelo gênero feminino nos últimos tempos, tais quais homicídios bárbaros e em especial o estupro coletivo, a sociedade diante do choque não sabe para quem apontar o dedo. De acordo com as campanhas das redes sociais a culpa não é da vítima e sim do agressor. De certa forma é aceitável, mas quem realmente está formando o estuprador? Quem está propagando a inferioridade feminina diante da barbárie que nós mulheres estamos sofrendo?
            Desde os anos 90, a imagem feminina está sendo vendida da pior forma possível. A associação cultural feita entre a mulher e o objeto de consumo está cada vez mais estreita. A mídia usou desde músicas de duplo sentido com coreografias erotizadas até programas dominicais em horário familiar (horário do almoço de domingo, em que as famílias costumam se reunir diante da TV) com conteúdos de “peito e bunda” até mulheres de camisetas molhadas, entre outras atrações de conteúdo sensualizado que se alojou no subconsciente de todos nós, formando o nosso conceito sobre a mulher objeto.
            Hoje, não diferente de 20 anos atrás, a imagem da mulher continua torta aos olhares da sociedade sem contar com o machismo velado inclusive entre as mulheres. Quantas vezes já vimos alguém dizer “a gente não pode é falar nada, mas...”. A mulher separada, a mãe solteira, a mulher que tem muitos namorados. Todas elas. A sociedade da boca pra fora diz “os tempo são outros”, mas por dentro, muitos estão se mordendo pra dizer “ela não vale mais nada”.
            A mídia, além do machismo velado, é uma das maiores formadoras de estupradores que existe. A mulher objeto, a mulher photoshop, a mulher fruta participam de tudo isto. A vulgarização da imagem do gênero feminino está sendo a chave para muito do que está acontecendo e infelizmente tudo isso com o auxílio da mulher.
            E quanto a quem não participa disto? Lamenta-se muito. As mídias dão uma visão generalizada quando à mulher objeto. Infelizmente, mulheres dignas e desprotegidas estão sendo cada vez mais covardemente atacadas devido a sua imagem inferiorizada. Nos crimes de ódio, especialmente nos de gênero, o agressor inferioriza a condição da vítima e, valendo-se disto, pratica as maiores barbáries considerando-se superior e inatingível.
            Então diante da imagem da mulher objeto, cultivada até pela própria mulher, das mídias sensacionalistas e do ódio do ser humano temos um Coquetel Molotov de longo alcance que, como todo explosivo, atinge quem estiver por perto inclusive aos inocentes.

            Até quando, nós vamos apontar o dedo para os outros? Todos nós damos audiência para a mídia inflamada. Todos nós temos uma pontinha de machismo por dentro. Vamos todos fazer a nossa parte e lutar por aquela que está tendo a sua imagem tomada, o seu corpo violentado e a sua vida destruída. Diga não à covardia, não à violência, não à desvalorização e não ao estupro.
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