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segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Texto no Jornal O Dia

Olá Leitores!


Hoje foi publicado meu texto sobre cotas raciais no Jornal O Dia. Segue o Texto abaixo. Abraços a todos!

Cotas Raciais no Brasil

Por Deny Sávia Martins da Silva

            Muito se discute sobre as cotas raciais no Brasil. As opiniões se dividem quanto ao progresso ou regresso do sistema seletivo em que a escolha não é feita por renda, mas por etnia. A lei 12.772/2012 é a chamada Lei das Cotas, sancionada pela presidente Dilma Rousseff, em que fica garantido a margem de 50 por cento das vagas para cotas em instituições de ensino Federal, incluindo as de nível médio. Entre esta porcentagem deverá haver vagas para negros, índios e pardos estes devidamente auto declarados.
            As cotas raciais surgiram nos EUA nos anos 60, com o objetivo de sanar desigualdades sociais da época. Hoje em dia, tal sistema foi abolido. Aqui no Brasil não foi diferente, visto que a exploração negra começou no século XIX e pelo menos quatro gerações seguidas foram vítimas da exploração e escravidão, o que resultou no atual cenário de desigualdade racial do país.
            Este foi o argumento do STF ao aprovar as cotas raciais no Brasil, mas no que mais se baseia a decisão em favor deste tipo de critério? Segundo índices oficiais de entidades como IBGE, CAPES e IPEA, constata-se que os negros ainda são a minoria que ocupam cursos de nível superior e que conseguem se formar no Brasil, mesmo que esta realidade já venha mudando e este percentual venha subindo com o passar do tempo.
            Por outro lado, as cotas raciais são uma porta aberta para a segregação social, pois isto provoca a divisão racial do país e incita muito mais ao preconceito, sem contar que estas medidas, que deveriam ser garantidoras da isonomia prevista em nossa Constituição, não colocam fim no racismo. Porque não dirigir as cotas para a baixa renda? A cultura e o ensino na sociedade atual são bens de consumo e, portanto, não acessível a todos, o que implica diretamente no desnível educacional brasileiro.

            Não se sabe para onde correr. O que protege a uma classe aguça a desigualdade da outra. A solução para tudo isto é o investimento em um ensino mais sólido e que prepare melhor a todos para que não haja diferenças no acesso ao ensino nem divisões na sociedade . A capacidade não está na pele.
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